segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Cesariana pode prejudicar capacidade de concentração do bebê

Cesariana pode prejudicar capacidade de concentração do bebê

Cientistas avaliaram movimentos dos olhos de crianças de 3 meses em dois testes

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Dar à luz por cesariana pode influenciar pelo menos uma forma da capacidade de concentração dos bebês. Segundo pesquisa da Universidade de York, no Canadá, pode diminuir a atenção espacial, que desempenha um papel na forma como são capazes de priorizar e se concentrar em uma determinada área ou objeto de interesse. Os dados são do artigo publicado na revista Attention, Perception, & Psychophysics.
Foto: iStock
Para chegar a essa conclusão, Scott Adler e Audrey Wong-Kee-You fizeram dois experimentos com crianças de 3 meses de idade. O movimento dos olhos delas foi monitorado como uma indicação do que chamou a atenção delas. Os olhos não podem se deslocar para onde a atenção de alguém não é dirigida.
O primeiro teste analisou a atenção espacial impulsionada pelo estímulo em 24 bebês. Uma sugestão periférica foi apresentada na borda da linha de visão, indicando a localização de um estímulo seguinte. Isso ativou os movimentos rápidos (movimentos sacádicos) dos olhos para o lugar onde o alvo foi posteriormente apresentado. A atenção reflexiva orientada pelo estímulo dos nascidos por cesárea se mostrou mais lenta em comparação aos do que vieram ao mundo por parto normal.
Segundo os cientistas, isso não ocorreu porque esses bebês tentaram selecionar com maior precisão as pistas certas. Acredita-se que o desenvolvimento cerebral deles foi impactado pela cesariana. Ainda não está claro se esse efeito dura por toda a vida.
No segundo teste, os pesquisadores não encontraram diferenças na atenção voluntária cognitivamente orientada de bebês com diferentes experiências de parto. Desta vez, 12 pequenos observaram estímulos previsíveis, que apareciam alternadamente no lado esquerdo e direito de um monitor. Isso levou ao aumento de movimentos oculares sacádicos, com os bebês antecipado onde o próximo estímulo iria aparecer.
“Os resultados sugerem que a experiência do nascimento influencia no estado inicial do funcionamento do cérebro e deve ser considerada em nossa compreensão do desenvolvimento do cérebro”, disse Adler. “Os resultados adicionam uma potencial implicação psicológica para o rol de impactos que a cesariana pode ter”, acrescentou Audrey.
Vale acrescentar que, em 2012, um estudo da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, indicou que o parto natural favorece a expressão de uma proteína importante para o desenvolvimento dos neurônios do hipocampo, a área cerebral responsável pela memória de curto e longo prazo. A pesquisa foi realizada em camundongos recém-nascidos, mostrando que a cesariana comprometeu a expressão da proteína.
http://mulher.terra.com.br/vida-de-mae/cesariana-pode-prejudicar-capacidade-de-concentracao-do-bebe,19e3c98c87f6305f8a4bd9be9072e435hdpdRCRD.html

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Nascimento de bebê afeta desejo sexual de homens e mulheres, aponta estudo

Estresse e noites mal dormidas estão entre as causas da diminuição do desejo

Nascimento de bebê afeta desejo sexual de homens e mulheres, aponta estudo Stock.Xchng/Divulgação
Foto: Stock.Xchng / Divulgação
Um novo estudo descobriu que a chegada de um recém nascido em casa não afeta apenas o desejo sexual da mãe, mas também de seu parceiro.
Estudos anteriores sobre sexo após o parto, muitas vezes focados em biologia reprodutiva do sexo feminino, mostraram que as alterações hormonais durante a gravidez e a amamentação podem afetar o desejo sexual das mães. No entanto, um estudo recente esclarece que o mesmo também está acontecendo com os parceiros dessas mulheres que acabaram de ter bebê.
A especialista em pscicologia feminina, Sari van Anders, da Universidade de Michigan, e seus colegas desenvolveram um estudo para examinar a sexualidade pós-parto como um processo social e de relacionamento, com foco nos casais.
Um total de 114 parceiros — 95 homens, 18 mulheres, um não especificado — responderam um questionário online sobre a sua sexualidade durante os três meses após o nascimento de seu filho mais novo.
Os pesquisadores descobriram que os parceiros experimentaram mudanças similares em sexualidade, incluindo altos e baixos. O baixo desejo nos parceiros foi altamente influenciado por fatores relacionados a noites mal dormidas e estresse causados pelos cuidados que um bebê recém nascido exige.
— Nossos resultados ajudam a esclarecer como a experiência de sexualidade dos pais, nas inúmeras formas que são contextualizadas com os parceiros e os relacionamentos de parentalidade — disse Sari.
Os resultados, anunciados nesta quinta-feira, foram publicados em uma edição recente do The Journal of Sexual Medicine.
Pesquisas anteriores descobriram que a natureza regula os níveis de testosterona conforme um homem se torna pai. Enquanto os homens com testosterona alto são mais propensos a encontrar uma companheira, os níveis hormonais caem quando eles se tornam pais que estão envolvidos com seus filhos. Esse estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade de Northwestern, nos EUA, foi publicado em 2011 no períodico Proceedings of National Academy of Sciences.

Bactérias podem ser as responsáveis por partos prematuros


09/01/2014 | 18h25min

O parto prematuro de bebês pode ser causado por bactérias especificas, revela um estudo divulgado na publicação científica americana "Plos One". O resultado pode ajudar na busca por um melhor tratamento para mulheres que correm o risco de dar à luz antes do tempo. O trabalho sugere que certas bactérias podem levar ao afinamento das membranas ao redor do bebê, tornando mais fácil que elas se rasguem.
Essa ruptura precoce provoca quase um terço de todos os nascimentos prematuros de bebês, aponta a pesquisa. Em situações normais, a membrana que compõe a bolsa que envolve o bebê dentro da barriga da mãe só é rompida no início do trabalho de parto. Se isso acontece antes da formação do bebê, a medicina dá o nome de "Ruptura Prematura das Membranas (PPROM, na sigla em inglês).
Os pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Duke, na Corolina do Norte, também constataram um alto número de bactérias no local onde as membranas se rompem – o que está associado ao seu afinamento. "Se as bactérias são a causa e não a consequência da ruptura, pode ser possível desenvolver novos tratamentos, ou mesmo elaborar uma tela para as mulheres em risco" conclui o trabalho.
- Se pensarmos que certas bactérias estão associadas a ruptura prematura das membranas, podemos rastreá-las no início da gravidez. Assim, é possível tratar as mulheres com antibiótico e reduzir os riscos. Ainda faltam alguns passos a serem dados, mas esse estudo nos permite pensar ainda em intervenções terapêuticas a serem exploradas - disse à BBC News a responsável pelo trabalho e pesquisadora da Escola de Medicina da Universidade de Duke Amy Murtha.
O grupo de cientistas examinou amostras de membranas em 48 mulheres que haviam acabado de dar à luz, incluindo aquelas que sofreram ruptura. Eles descobriram bactérias estavam presentes em todas as membranas. A maior quantidade, no entanto, se encontravam em quem sofreu o PPROM.
Para Patrick O'Brien, especialista do "Royal College of Obstetricians and Gynaecologists", que fica em Londres, na Inglaterra, diante dessa nova descoberta, o que a medicina realmente precisa fazer é entender o mecanismo detalhado de como as bactérias agem antes de seguir para os próximos passos, disse ele à BBC News.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Amamentar diminui o risco de depressão pós-parto

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=59168&op=all

Amamentar diminui o risco de depressão pós-parto

Estudo coordenado por Bárbara Figueiredo da UMinho
envolveu 145 mulheres

2014-08-27

Bárbara Figueiredo:
Bárbara Figueiredo: "Os benefícios da amamentação na saúde da mãe e do bebé têm sido extensivamente demonstrados ao longo dos últimos anos"
A amamentação aumenta o bem-estar psicológico das mães e diminui o risco de depressão pós-parto. Esta é uma das conclusões da investigação das universidades do Minho e Miami (EUA), recentemente publicado na revista "Psychological Medicine".

A Organização Mundial de Saúde e outras entidades como a secção da Comissão Europeia para a Saúde Pública recomendam a amamentação exclusiva durante pelo menos seis meses. No entanto, os estudos têm tido dificuldade em identificar que mulheres apresentam maior probabilidade de não manter este tipo de amamentação.

A identificação das mães em risco de cessação precoce de amamentação é considerada uma prioridade em termos de saúde pública.

"Os benefícios da amamentação na saúde da mãe e do bebé têm sido extensivamente demonstrados ao longo dos últimos anos. Contudo, pouco se sabe quanto ao bem-estar psicológico da mãe no período pós-parto", afirma a investigadora Bárbara Figueiredo, que contou com a colaboração de Catarina Canário (Unidade de Investigação Aplicada em Psicoterapia de Psicopatologia da UMinho) e da especialista Tiffany Field (Escola Médica da Universidade de Miami)

O aleitamento em exclusivo durante pelo menos três meses beneficia o ajustamento psicológico da mãe
O aleitamento em exclusivo durante pelo menos três meses beneficia o ajustamento psicológico da mãe
Este estudo – "Breastfeeding is negatively affected by prenatal depression and reduces postpartum depression" – procurou verificar se a depressão durante a gravidez interferia na duração da amamentação exclusiva e se esta, por sua vez, reduzia o risco de depressão pós-parto. Envolveu 145 mulheres avaliadas no 1º, 2º e 3º trimestres de gravidez, no parto e ao 3º, 6º e 12º meses após o nascimento da criança.

Os resultados demonstraram que as mães com mais sintomatologia depressiva no terceiro trimestre de gestação tendem a amamentar por menos tempo. Além disso, concluiu-se que o aleitamento em exclusivo durante pelo menos três meses beneficia o ajustamento psicológico da mãe após o parto e pode inclusive reduzir a incidência de depressão.

Bárbara Figueiredo
Doutorada em Psicologia Clínica pela UMinho, Bárbara Figueiredo é professora nesta instituição há 22 anos, tendo coordenado inúmeros projectos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Bial. É responsável pela Unidade de Estudos da Família e Intervenção do Centro de Investigação em Psicologia e membro do Serviço de Psicologia da UMinho. Tem mais de duas centenas de publicações a nível nacional e internacional, dedicando-se particularmente à investigação e intervenção no domínio da gravidez e parentalidade.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Cesariana tem relação com dificuldades para amamentar


Cesariana tem relação com dificuldades para amamentar

Pesquisa em Saúde

OMS recomenda colocar bebês em contato com a mãe após o parto e estimular a mãe a identificar se bebê está pronto para ser amamentado
por Portal BrasilPublicado05/06/2014 17:14Última modificação05/06/2014 17:23
Divulgação/Ministério da SaúdeÉ no período pós-parto que os bebês estão mais aptos ao estabelecimento da amamentação
É no período pós-parto que os bebês estão mais aptos ao estabelecimento da amamentação
Estudos encontrados na Ásia, África e América do Sul por Tania Maria, aluna de doutorado em Saúde Pública da Ensp/Fiocruz, mostrou que o parto cesárea foi o fator de risco mais consistente para a não amamentação na primeira hora de vida em vários contextos culturais. Segundo a autora, apesar de vários estudos comprovarem ser a amamentação na primeira hora de vida um mecanismo potencial para a promoção da saúde, associado à maior duração do aleitamento materno e à redução das mortes infantis, principalmente nos países de baixa renda, a prática é pouco desenvolvida.
Tania Maria acrescenta que indicadores associados a pior nível socioeconômico e menor acesso a serviços de saúde também foram identificados como fatores de risco independente para a amamentação na primeira hora de vida. Em relação à situação das maternidades do Rio de Janeiro, ela disse que estão longe de alcançar o ideal. "As rotinas e práticas hospitalares mostram-se impeditivas dessa ação. O desconhecimento do status sorológico para o HIV também foi identificado como fator de risco independente para a não amamentação na primeira hora. Apesar de existir um programa de prevenção e controle do HIV/Aids, mundialmente reconhecido, os serviços de saúde ainda enfrentam dificuldades no cumprimento de orientações protocolares".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda colocar bebês em contato direto com a mãe logo após o parto por pelo menos uma hora e estimular a mãe a identificar se o bebê está pronto para ser amamentado e oferecer ajuda se necessário. A aluna explica que essa prática é recomendada porque é no período pós-parto que os bebês estão mais aptos ao estabelecimento da amamentação, têm maior resposta ao tato, ao calor e ao odor da mãe, o que favorece a liberação de hormônios responsáveis pela produção e ejeção do leite.
Os efeitos positivos sobre a saúde do recém-nascido podem ser mediados tanto pelos componentes do leite materno quanto pelo contato mãe-bebê. O colostro, leite dos primeiros dias, contém fatores que aceleram a maturação da mucosa intestinal, e fatores imunológicos bioativos que conferem proteção imunológica ao lactante, prevenindo a colonização por micro-organismos patogênicos.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Fwd: Bebês que nascem antes da hora por parto induzido podem ter prejuízo no desenvolvimento

Nos últimos seis anos, a prática aumentou 40%. Pesquisadores alertam para o comprometimento das habilidades neurológicas e psicomotoras da criança

Por Crescer - atualizada em 29/04/2013 12h11
Parto; sala de parto; nascimento (Foto: Shutterstock)
Muitas mulheres optam pelo parto induzido ou cesárea marcada antes de o bebê estar pronto para nascer. Porém, um novo estudo mostra que a prática pode comprometer o desenvolvimento da criança. Embora o período entre 37ª a 41ª semana seja considerado normal para o nascimento, os pesquisadores notaram que crianças que chegaram entre a 39ª e a 41ª semana levam vantagem.
Para o estudo, publicado na Pediatrics, foram realizados testes de desenvolvimento e QI com 1562 crianças de 1 ano de idade. Descontados fatores como gênero, classe social e ambiente familiar, a conclusão foi de que, para cada semana a mais no útero, o bebê aumenta em 1.4 sua pontuação psicomotora (relacionada ao movimento do corpo e coordenação) e em 0.8 a pontuação em testes de habilidades neurológicas.
O estudo descobriu também que, nos Estados Unidos, a prática de indução ao parto aumento 40% e da cesárea cresceu 32% desde 2007, graças, principalmente, a comodidade da 'hora marcada'. Apesar disso, o conselho é esperar. De acordo com a médica e autora do estudo Betsy Lozoff, da Universidade de Michigan, se a gravidez está indo bem, a mãe deve evitar antecipar o parto, mesmo estando dentro do prazo aconselhável para o nascimento da criança.
O que o bebê quer?
Antes de marcar uma cesárea com muita antecedência ou tentar induzir o parto, a mãe não pode esquecer de levar em consideração a natureza de seu filho. Mesmo que não nasça prematuro (ou seja, antes da 37ª semana), o bebê que vem ao mundo antes da hora pode não ter maturidade suficiente para entender que é 'a' hora. Isso porque quando a mulher entra em trabalho de parto, a criança passa por uma preparação para nascer que começa com as contrações uterinas. Elas funcionam como um alerta para o bebê, que passa a liberar substâncias para o amadurecimento final do próprio organismo, como o hormônio corticoide, que age no pulmão – se a mulher estiver em trabalho de parto e for preciso uma cesárea de emergência, a criança já vai estar com o organismo mais pronto. Além disso, o corpo feminino também estará mais preparado para amamentar graças a hormônios liberados no trabalho de parto.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Amamentar pode diminuir o risco de TDAH em crianças

Amamentar pode diminuir o risco de TDAH em crianças

Conclusão é de pesquisa realizada em Israel, que comparou crianças diagnosticadas com seus irmãos e outras crianças sem o distúrbio

Por Marcela Bourroul - atualizada em 03/06/2013 17h29
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amamentacao3 (Foto: shutterstock)
Os benefícios da amamentação para o bebê, você sabe bem, são inúmeros. Agora, uma nova pesquisa feita pela Universidade de Tel Aviv, em Israel, acaba de engordar ainda mais essa lista. Segundo os cientistas, o leite materno pode ser uma proteção extra contra o desenvolvimento de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores estudaram três grupos de crianças. O primeiro era formado por 56 pacientes de 6 a 12 anos de um hospital em Israel diagnosticados com o transtorno. O segundo era formado por irmãos desses pacientes que não apresentavam TDAH. Por último, o grupo de controle, formado por 51 crianças saudáveis sem parentesco com as primeiras.
Os pais das crianças responderam a um questionário com informações médicas e sobre o histórico de amamentação. Analisando os questionários, os pesquisadores perceberam que, das crianças diagnosticadas com TDAH, 43% foram amamentadas até os 3 meses, comparado com 69% no grupo dos irmãos e 73% no grupo controle. Aos 6 meses, a diferença permaneceu: do primeiro grupo, 29% ainda estava sendo amamentada, enquanto nos outros grupos cerca de 50% das crianças ainda mamavam.
Com base nesses resultados, os responsáveis pela pesquisa afirmaram que a proteção, pelo menos parcialmente, contra o TDAH, pode ser incluída na lista de benefícios da amamentação. No entanto, eles fizeram algumas ressalvas, já que o estudo apresenta algumas limitações. A principal delas é a dúvida sobre a relação de causa e efeito. Isso porque o menor tempo de amamentação das crianças com o transtorno pode ser resultado da própria condição, e não sua causa. "Se o comportamento durante a amamentação de uma criança que está prestes a desenvolver TDAH inclui o choro prematuro é uma questão importante que nossa pesquisa não pode responder", escrevem os cientistas em sua conclusão. Isso é, o comportamento da criança posteriormente diagnosticada nos primeiros meses de vida pode atrapalhar a amamentação.
Novas pesquisas devem ser realizadas para confirmar esse elo, mas com tantos benefícios da amamentação já comprovados, o hábito só pode trazer vantagens!
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