segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Dois milhões morrem por ano no 1º dia de vida, diz estudo

 
Cerca de dois milhões de recém-nascidos morrem 24 horas
depois de nascer, de acordo com um relatório publicado nesta terça-feira pela
Organização Não-Governamental (ONG) Save the Children.
O número representa a metade do total anual de mortes de recém-nascidos (até
um mês de idade), que é de aproximadamente 4 milhões.
A maior parte dessas mortes acontece em países da África e do sul da Ásia.
Com base nos resultados dos países em desenvolvimento, a ONG elaborou um
ranking no qual o Brasil ocupa o 4º lugar, atrás apenas de Colômbia, Vietnã e
México.
No extremo oposto do ranking, com maior número de mortes, estão Iraque, Serra
Leoa, Afeganistão e, por último, a Libéria.
A maior parte dessas mortes poderia ser evitada, de acordo com a ONG, por
medidas simples, já que as causas são infecções, complicações de parto ou
desnutrição.
Entre as recomendações apresentadas pela Save the Children, que é patrocinada
pela Fundação Gates, do magnata da Microsoft, Bill Gates, e sua mulher, estão
uma melhora no bem-estar de meninas e mulheres para garantir partos menos
complicados e bebês mais saudáveis.
A ONG também recomenda investimentos em soluções de baixo custo como vacinação
contra tétano para gestantes, presença de profissionais qualificados no parto,
tratamento imediato de infecções em recém-nascidos e melhores condições de
higiene.
De acordo com o relatório, apenas essas medidas, acrescidas de aleitamento
materno e calor, poderiam evitar três em cada quatro mortes de recém-nascidos.
A ONG pede um melhor acompanhamento da saúde de bebês nos primeiros dias de
vida, já que 75% das mortes ocorrem nesse período.
A ONG também compilou um ranking mundial sobre as condições de segurança para
a maternidade em 125 países.
O Brasil ficou em 52º lugar na lista encabeçada pelos países escandinavos.
Suécia ficou em primeiro, seguida por Dinamarca e Finlândia; seguidas pela
Áustria, Alemanha e Noruega.
Fechando a lista dos dez países mais seguros para se ter um bebê estão a
Austrália, a Holanda, o Canadá, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos.
Nos últimos lugares estão os países africanos Níger, Burkina Faso, Mali e
Chade.
Para as mães, o ranking levou em conta seis indicadores: risco de mortalidade
durante o parto, uso de métodos modernos de contracepção, partos assistidos por
profissionais qualificados, incidência de anemia entre gestantes, índice de
analfabetismo feminino e a participação das mulheres na política do país.

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