segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Fwd: Bebês que nascem antes da hora por parto induzido podem ter prejuízo no desenvolvimento

Nos últimos seis anos, a prática aumentou 40%. Pesquisadores alertam para o comprometimento das habilidades neurológicas e psicomotoras da criança

Por Crescer - atualizada em 29/04/2013 12h11
Parto; sala de parto; nascimento (Foto: Shutterstock)
Muitas mulheres optam pelo parto induzido ou cesárea marcada antes de o bebê estar pronto para nascer. Porém, um novo estudo mostra que a prática pode comprometer o desenvolvimento da criança. Embora o período entre 37ª a 41ª semana seja considerado normal para o nascimento, os pesquisadores notaram que crianças que chegaram entre a 39ª e a 41ª semana levam vantagem.
Para o estudo, publicado na Pediatrics, foram realizados testes de desenvolvimento e QI com 1562 crianças de 1 ano de idade. Descontados fatores como gênero, classe social e ambiente familiar, a conclusão foi de que, para cada semana a mais no útero, o bebê aumenta em 1.4 sua pontuação psicomotora (relacionada ao movimento do corpo e coordenação) e em 0.8 a pontuação em testes de habilidades neurológicas.
O estudo descobriu também que, nos Estados Unidos, a prática de indução ao parto aumento 40% e da cesárea cresceu 32% desde 2007, graças, principalmente, a comodidade da 'hora marcada'. Apesar disso, o conselho é esperar. De acordo com a médica e autora do estudo Betsy Lozoff, da Universidade de Michigan, se a gravidez está indo bem, a mãe deve evitar antecipar o parto, mesmo estando dentro do prazo aconselhável para o nascimento da criança.
O que o bebê quer?
Antes de marcar uma cesárea com muita antecedência ou tentar induzir o parto, a mãe não pode esquecer de levar em consideração a natureza de seu filho. Mesmo que não nasça prematuro (ou seja, antes da 37ª semana), o bebê que vem ao mundo antes da hora pode não ter maturidade suficiente para entender que é 'a' hora. Isso porque quando a mulher entra em trabalho de parto, a criança passa por uma preparação para nascer que começa com as contrações uterinas. Elas funcionam como um alerta para o bebê, que passa a liberar substâncias para o amadurecimento final do próprio organismo, como o hormônio corticoide, que age no pulmão – se a mulher estiver em trabalho de parto e for preciso uma cesárea de emergência, a criança já vai estar com o organismo mais pronto. Além disso, o corpo feminino também estará mais preparado para amamentar graças a hormônios liberados no trabalho de parto.

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