quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Bactérias podem ser as responsáveis por partos prematuros


09/01/2014 | 18h25min

O parto prematuro de bebês pode ser causado por bactérias especificas, revela um estudo divulgado na publicação científica americana "Plos One". O resultado pode ajudar na busca por um melhor tratamento para mulheres que correm o risco de dar à luz antes do tempo. O trabalho sugere que certas bactérias podem levar ao afinamento das membranas ao redor do bebê, tornando mais fácil que elas se rasguem.
Essa ruptura precoce provoca quase um terço de todos os nascimentos prematuros de bebês, aponta a pesquisa. Em situações normais, a membrana que compõe a bolsa que envolve o bebê dentro da barriga da mãe só é rompida no início do trabalho de parto. Se isso acontece antes da formação do bebê, a medicina dá o nome de "Ruptura Prematura das Membranas (PPROM, na sigla em inglês).
Os pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Duke, na Corolina do Norte, também constataram um alto número de bactérias no local onde as membranas se rompem – o que está associado ao seu afinamento. "Se as bactérias são a causa e não a consequência da ruptura, pode ser possível desenvolver novos tratamentos, ou mesmo elaborar uma tela para as mulheres em risco" conclui o trabalho.
- Se pensarmos que certas bactérias estão associadas a ruptura prematura das membranas, podemos rastreá-las no início da gravidez. Assim, é possível tratar as mulheres com antibiótico e reduzir os riscos. Ainda faltam alguns passos a serem dados, mas esse estudo nos permite pensar ainda em intervenções terapêuticas a serem exploradas - disse à BBC News a responsável pelo trabalho e pesquisadora da Escola de Medicina da Universidade de Duke Amy Murtha.
O grupo de cientistas examinou amostras de membranas em 48 mulheres que haviam acabado de dar à luz, incluindo aquelas que sofreram ruptura. Eles descobriram bactérias estavam presentes em todas as membranas. A maior quantidade, no entanto, se encontravam em quem sofreu o PPROM.
Para Patrick O'Brien, especialista do "Royal College of Obstetricians and Gynaecologists", que fica em Londres, na Inglaterra, diante dessa nova descoberta, o que a medicina realmente precisa fazer é entender o mecanismo detalhado de como as bactérias agem antes de seguir para os próximos passos, disse ele à BBC News.

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