segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Dieta de Atkins pode prejudicar feto, diz estudo

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2004/06/040628_atkinsdtl.shtml

Caroline Ryan
de Berlim

Fazer uma dieta com altos níveis de proteína - como a de Atkins - pode
reduzir as chances de uma mulher conceber, de acordo com um estudo feito por
pesquisadores da Universidade de Colorado.
Os pesquisadores fizeram testes que mostram que se camundongos seguirem uma
dieta que contenha 25% de proteína ela vai afetar o desenvolvimento do
embrião e do feto.
Em uma conferência sobre fertilidade em Berlim, eles disseram que isso pode
significar que mulheres que seguirem uma dieta com mais de 30% de proteína
podem ter problemas semelhantes.
"A dúvida é até que ponto a pesquisa pode ser aplicada a seres humanos",
disse uma porta-voz da Atkins Nutritionals.
Limites
Ela disse ainda que a dieta não estabelece limites sobre a quantidade de
proteínas que as pessoas devem comer.
"A taxa de de desenvolvimento do feto foi gravamente reduzida como resultado
da dieta de alta proteína da mãe", disse David Gardner, que liderou o
estudo.
Os pesquisadores deram a fêmeas de camundongo dietas com uma alta proporção
de proteínas (25%) e com uma proporção normal (cerca de 14%).
Naquelas que fizeram a dieta com mais proteínas a quantidade de amônia no
aparelho reprodutivo foi quatro vezes mais alta do que naquelas que fizeram
a dieta normal.
Pequisas anteriores mostraram que altos níveis de amônia podem danificar
embriões de camundongo e prejudicar o desenvolvimento do feto. A amônia
afeta um gene-chave, o H19, envolvido no controle do crescimento.
O gene só é ativado se herdado da mãe. Mas em dois terços dos embriões de
camundongos que seguiam dietas de alta proteína foi o H19 do pai que foi
ativado.
Esses embriões não conseguiram se desenvolver apropriadamente no útero.
O estudo feito com 174 embriões mostrou que pouco mais de um terço deles se
desenvolveu em mães que consumiram mais proteína. Nas outras mães, esse
percentual foi de 70%.
Os pesquisadores dizem que essas descobertas, além de estudos semelhantes
feitos em vacas, significam que seria "prudente" que mulheres que estão
tentando conceber limitem a ingestão de proteínas a cerca de 20% de sua
dieta.


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